Ministro da Educação discute diretizes do curso de jornalismo

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O ministro Fernando Haddad, da Educação, pretende levantar nas faculdades de jornalismo a discussão sobre a obrigatoriedade da formação superior específica para o profissional de jornalismo, estabelecida pelo Decreto-lei nº 972, de 17/10/1969.

Em entrevista a emissoras de rádio o ministro anunciou que criará um grupo de estudos, que segundo ele irá discutir as diretrizes curriculares dos cursos de comunicação social, em especial o de jornalismo, da mesma forma que o MEC já fez com as graduações de direito e medicina. “Nós acreditamos que é um bom momento para discutir essas diretrizes e verificar inclusive quais são as competências que precisam ser adquiridas por um profissional de outra área para que ele possa exercer a profissão de jornalista”, declarou o ministro.

Passados quase sete anos da Ação Civil Pública do procurador da República André de Carvalho Ramos e da liminar favorável concedida pela juíza Carla Abrantkoski Rister, da 16ª Vara Cível Federal de São Paulo, nenhum esforço sistemático para discutir com profundidade esse assunto foi feito nem mesmo pelas escolas de jornalismo.

A partir da chegada do processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminar que suspendeu a exigência do diploma em 16/12/2006, discussões sobre a legitimidade do diploma vêm ocorrendo entre estudantes e professores de jornalismo, profissionais da área e sindicatos. Porém o presidente da Federação Nacional do Jornalista (Fenaj), jornalista Sérgio Murillo de Andrade, que também é professor de jornalismo, declarou que o momento é inoportuno para o debate sobre as diretrizes curriculares do curso de comunicação social.

A estudante de jornalismo, Amanda Cristina da Costa, se diz revoltada com o que vêm acontecendo , pois teve que mudar de faculdade a grade curricular que era usada na faculdade onde começou a cursar jornalismo não era a mesma que a Pontifícia Universidade Católica (PUC), utiliza.
jornalismo - Entrevista

Amanda se mostra ainda mais revoltada com a possibilidade de ter passado quatro anos estudando para se profissionalizar como jornalista e no seu último ano de faculdade ver que sua futura profissão não exigirá o diploma. Portanto para a estudante o momento é de propicio para se discutir todo assunto que envolve o jornalismo.

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